Ronco e apneia do sono – o que a Rede Globo não te contou…
17 de outubro de 2011

Esta semana, o ronco e apneia foram temas de duas reportagens: uma no programa Globo Repórter (“Associada ao ronco, apneia do sono sobrecarrega o coração” – 14/10/2011) da Rede Globo e a outra, na revista Saúde é Vital (“Dê um basta à sinfonia noturna”- outubro 2011). Nas duas reportagens foram abordados os malefícios do ronco e apneia para o nosso organismo: hipertensão arterial, lapsos de memória, diminuição da libido, arritmia entre outros. As matérias da TV e revista, também apresentam as várias possibilidades de tratamento.

PARA MEU ESPANTO, PORÉM, EM NENHUMA REPORTAGEM FOI SEQUER CITADA A TERAPIA MIOFUNCIONAL OROFACIAL – PROPOSTA DA FONOAUDIOLOGIA PARA O TRATAMENTO DO RONCO E APNEIA!!!!!!

Não há dúvida que os tratamentos citados nas reportagens são eficazes e os mais difundidos na mídia:  • manutenção de atividade física ( elimina o excedente de peso, que pode estar associado ao distúrbio e melhora o padrão do sono)   •o uso do CPAP(aparelho para manter pressão positiva contínua nas vias aéreas – padrão ouro no tratamento da apneia grave, “quando não resolvida com mudanças de hábito”)   •e, citado apenas na Saúde é Vital, a postura adequada (deitar de barriga para cima);  o uso de aparelho intraoral e a cirurgia (quando há defeito anatômico).

O que não foi comentado é que o TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO tem eficácia comprovada para casos leves (com índice de apneia e hipopneia (IAH) de 5 a 15 apneias por hora ) e moderados (com IAH de 15 a 30 apneias por hora). Pode-se diminuir em até 40% a gravidade da apneia e diminuir a intensidade e frequência do ronco. A proposta FONOAUDIOLÓGICA é simples, não invasiva sendo baseada em exercícios miofuncionais orais de fácil execução. A avaliação e atendimento de indivíduos com distúrbio do sono deveria ser sempre realizada por uma equipe que inclui o fonoaudiólogo, o médico (otorrinolaringologista, pneumologista) e o ortodontista. Juntos podem sugerir condutas que melhor contemplam cada paciente de forma individualizada.